Monday, September 15, 2008

Amo-te

Afinal nunca mais te vi.
Não podes imaginar como me sinto triste por estar tão longe e tão perto.
De certeza que não entendes, maninha.
Os adultos são uns seres estranhos...

Perdoa-me. Perdoa-me por nunca mais te ter visto desde meados de Julho. Perdoa-me por me ter esquecido em que dia te vi pela última vez. Perdoa-me por deixar que todas as coisas más te atinjam. Perdoa-me por favor, por não estar aí todas as semanas e por deixar que o que o pai nos fez nos separe.
Perdoa-me por permitir que ele não me telefone, nem quando lhe pedes para ele telefonar.

Prometo-te princesa, que um dia vou aí só para te ver. Só para te abraçar. Sei que não sou bem vinda. Sei que não há nenhuma razão para não ser bem vinda. Mas hei-de ir, porque tu não tens culpa nenhuma de os adultos serem uns seres estranhos. E não tens culpa nenhuma de eu entrar no mundo deles...

Perdoa-me por não te ver há mais de dois meses. Não podes imaginar como me seca a garganta por não poder fazer nada. Não podes imaginar como se me molham os olhos por não conseguir fazer nada...

Amo-te. Sabes disso e espero que não te esqueças da minha cara, que não te esqueças do cheiro do meu perfume.

Princesa. Eu nunca me esqueço de ti.
Perdoa-me por te fazer pensar que me esqueço.

Prometo que hei-de ir aí dizer-te olá e chorar no teu ombro a minha mágoa escondida há dois meses. Tenho tantas saudades.
Perdoa-me por favor. Perdoa a mana que te ama.